sexta-feira, 23 de abril de 2010

24º Dia ( Cusco / La Paz )

24 - Cusco - La Paz (660 Km)

Tentamos de todo o geito tomar um banho quente, tarefa que se mostrou
difícil. O geito foi improvisar uma forma de se limpar na água fria.
Tomamos um café excelente, não que tivesse muita variedade, na verdade
tinha menos, pois muitos hóspedes tinham deixado o hotel, mas é que nos
ofereceram ovo frito. Como sabíamos que ficaríamos sem almoço, tratamos de
aproveitar e comer bastante.
Foi com muita alegria, que deixamos Cusco, primeiramente pois já tínhamos
visto quase tudo e segundo que já estávamos cansados de ficar parado. Outro
fator que deve ser levado em conta, foi o fato de estarmos deixando o Perú, e
consequentimente os guardas corruptos que cruzamos pelo caminho.
Foi muito bom ver que a maior parte do caminho já conhecíamos e portanto
não tivemos problema algum e não nos perdemos. Pudemos ver alguns grupos de
motociclistas indo para Cusco no caminho, com muita alegria cumprimentamos a
todos.
Quando estávamos deixando Puno fomos parado por uma patrulha da polícia
federal. Eles nos pertubaram muito com o nosso seguro para o Peru. Um fato
interessante foi que enquanto tentávamos convencer que o documento nosso era o
seguro certo pro policial ele resolveu parar uma Varadeiro com duas pessoas e
uma Kawazaki. Eles até nos questionaram mostrando o seguro deles, mas nós
falamos que eles não eram do Brasil, por isto o documento era diferente. No
fim das contas o guarda nos liberou, e para nossa surpresa sem pedir dinheiro.
Foi a primeira vez.
Na estrada, acabamos conversando com os três pilotos das duas motos que
encontramos na blitz. Descobrimos que são o pai com os dois filhos que estão
fazendo uma viagem desde a Argentina até a Bolívia. Como nossos caminhos eram
iguais resolvemos nos juntar. Decisão que se mostrou muito acertada para
ambos. Eles se chamam: Juan Carlos Wolder(pai), Leandro (22 anos)e Juan
Mathias que é o mais novo (19 anos)
Quando chegamos na fronteira com a Bolívia, trocamos dinheiro na praça, só
um pouco, pois o resto eu pretendo sacar com cartão, e abastecemos as motos,
antes de começarmos com a novela que seria passar pela aduana.
Os guardas do Peru, não pediram propina, e sim uma doação "de livre e
espontânia vontade" para a imagem de uma Santa que eles tinham no local. Como
não estávamos acostumados com o dinheiro eu acabei deixando uma moeda de 5 Sol
que tinha e que descobri quando fui fazer o câmbio que era falsa.
Já do outro lado da fronteira a coisa não se mostrou diferente, tambem
tivemos que fazer doação para a Santa. Foi com muito custo e paciência que
conseguimos liberar as motos e carimbar os passaportes e vistos de entrada.
Só que quando nos pomos em movimento já era noite e fomos dirigindo em meio
a blitz policiais e do exército até La Paz. Foi uns 100 Km bem movimentados.
Quando chegamos, gráças ao Juan Carlos,que fala bem espanhol, coisa que não
fazemos, localizamos um hotel para ficarmos.
Tomamos um banho quente e nos trocamos para sair e para jantar. Tentamos
achar um restaurante perto do hotel, que para a nossa infelicidade não tinha
nada. Acabamos voltando para o hotel e pegamos dois taxis que nos levaram para
o centro do bairro.
É impressionante como as ruas são sujas, os postes com muitos e muitos
fios, e muitos prédios de três andares com a construção inacabada que existe
nesta cidade. Andamos onde foi nos informado que havia restaurantes bons
abertos. O que encontramos para o desespero do Juan Carlos foi restaurantes
meia-boca que serviam frango de televisão. O coitado do Juan já não aguenta
mais comer polho (frango), desde Cusco que ele só come isto.
Pagamos primeiro para depois comer. Quando íamos saír vimos que eles
estavams lavando na calçada as peças do fogão da TV de cachorro. Sabe tudo
muito higiênico.
Fomos direto para o hotel dormir.

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