quarta-feira, 14 de abril de 2010

18º Dia (San Pedro do Atacama / Arica )

18 - San Pedro do Atacama - Arica (700 Km)
Não perdemos tempo para pegar a estrada, arrumamos o mais rápido que deu nossas malas e deixamos para trás uma cidade que ficará para sempre em nossas memórias, San Pedro do Atacama.Estava uma manhã fria, mas tomamos um susto quando chegamos em Calama e vimos que estava 6°C. Abastecemos as motos e continuamos pela ruta 24 até chegarmos na ruta 5. Rodamos bem devagar pois só conseguimos achar um posto a 230 km de Calama.Pensei que o sufoco da viagem tinha passado, como eu estava errado. Perto de Iquique paramos e abastecemos, rodamos 50 Km e paramos em outro posto para almoçarmos. A gente imaginou que entraríamos pela ruta 5 em Iquique e lá faríamos um novo reabastecimento para enfrentarmos o deserto. Erramos e erramos feio. Depois que vimos que não passaríamos por dentro de Iquique e que não haveria posto, reduzimos bruscamente nossa velocidade. Andamos numa média de 100 a 110 Km.A estrada era muito rodeada de vales e aproveitávamos a descida para pôr as motos em ponto morto e fazemos de tudo para poupar combustível.A 26 km de Arica, acabou de vez a gazolina do Fernando e a minha entrou na reserva. Reboquei o Fernando por 6 km até uma ladeira, depois fui buscar gazolina para mim e para ele. Tomamos esta atitude, para que não ficássemos dois parados na estrada, sendo que quando se reboca gasta-se bastante combustível.Quando voltei o Fernando já tinha descido 11 km do vale com a moto desligada. Colocamos 4 litros de gazolina e viemos abastecer.No posto indicaram um hotel "Hotel del Valle Azapa" o qual estava com um bom preço. Fechamos na hora. Qual não foi nossa alegria em descobrir que tínha piscina. Largamos nossas roupas suadas no quarto e fomos pular na piscina.Depois de termos tomado um banho fomos a recepção onde fizemos amizade com o Luis Troncoso e o Carlos Soto que nos indicaram onde comer e como chegar ao centro de Arica.Qual não foi nossa surpresa ao descobrir que Arica é uma zona franca e tinha muita coisa boa a um excelente preço. A primeira coisa que o Fernando comprou foi uma máquina para cortar o cabelo que custou o equivalente a R$ 20,00. Fizemos compras durante uma hora depois paramos num restaurante e pedimos um chopp de metro e comida. Comemos muito bem e bebemos mais ainda, pois passamos muito calor hoje no deserto, por não ter podido andar mais rápido.Na mesa do lado começamos a conversar com um casal muito, mas muito simpático de policiais chilenos, sendo que a esposa Jubinza Garri, de imediato nos convidou a ficarmos na casa deles em nossa próxima visita. Começamos a bater um papo excelente, onde eles nos deram muitas dicas de como agir no Peru e ainda nos explicaram várias coisas que vimos no Chile.Duas delas eu queria destacar, a primeira que é sobre o que seria as capelinhas que vimos durante nosso trajeto em todo o Chile, que muitas tinham imagens de santos, flores e bandeiras do Chile. Segundo a Jubinza, é costume dos Chilenos marcar lugar dos mortos nas estradas, e é um sinal de respeito o pessoal parar e até deixar algum presente. Nós vimos muita gente fazendo isto.A segunda coisa que ela disse e que marcou foi saber que eles estavam preparados para um Tsunami que poderia acontecer a qualquer momento na região norte do Chile e Sul do Peru. Ainda bem que nosso hotel fica bem longe da praia.Nos despedimos com uma alegria imensa em ter conhecido este casal tão simpático. Tanto que na primeira oportunidade o Fernando comprou uma camisa do "universidade do Chile" time que eles torcem, para poder marcar este encontro.No hotel, falamos novamente com nossos amigos Luis Troncoso e o Carlos Soto que nos deram muitas dicas de como chegar no Peru e quais cuidados devemos ter no Peru.Tanto o Fernando quanto eu estamos maravilhados com a hospitalidade, e o carinho que tivemos do povo Chileno.No nosso quarto a primeira coisa que o Fernando fez depois de tirar uma foto com a camisa do Universidade do Chile foi extrear sua máquina de cortar o cabelo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário